Raspberry Pi

Rastreamento em tempo real de avioes em Porto Alegre utilizando Raspberry Pi + Radio UHF (SDR RTL2832U)

* This post is in Portuguese.

SDR (Software-Defined Radio)

SDR é uma área de radiocomunicação baseada em uma ideia muito simples: implementar em software o que antes era implementado em hardware (ex: mod/demod, filtros, etc). O fato do SDR estar se tornando uma tendência hoje se dá principalmente pelo baixo custo de alguns receptores como por exemplo o RTL2832U (mais sobre ele depois) que hoje você pode encontrar facilmente por uns U$ 20.00, preço este muito barato se você levar em consideração o intervalo de cobertura das frequências de 22Mhz até 2200Mhz (dependendo do tuner). Neste intervalo dá pra se ter uma ampla cobertura de sinais de rádio AM/FM, rádio da polícia, TV, GSM, GPS, ADSB (este post é sobre o ADSB), comunicação marítma, LTE (ainda em definição no Brasil) e outras aplicações que estão inseridas neste intervalo de frequência.

Um sistema SDR é composto geralmente por: um receptor ligado ao computador ou qualquer outro dispositivo embarcado com um poder de processamento razoável (por meio de placa de captura de áudio, USB, etc) e um software que irá fazer o tratamento do sinal recebido. Neste post eu vou utilizar o Raspberry Pi como dispositivo embarcado para capturar e demodular os dados enviados pelos transponders presentes em aeronaves comerciais e domésticas.

ADS-B (Automatic dependent surveillance-broadcast)

Grande parte dos aviões modernos estão sendo equipados com um dispositivo que tem o objetivo de substituir os radares que existem hoje. Até o ano de 2020 todos os aviões que entrarem no espaço aéreo estadunidense deverão ter como item obrigatório um dispositivo compatível com ADS-B. O dispositivo ADS-B faz com que as aeronaves sejam visíveis aos radares em terra e também para outros aviões através do broadcast de mensagens com sua altura, velocidade, posição e muitas outras informações relevantes. A transmissão destas mensagens se dá através da frequência 1090Mhz, uma frequência dentro do intervalo de captura de maioria dos receptores SDR usando o chipset RTL2832U. A ideia deste post é usar o Raspberry Pi para receber este broadcast enviado diretamente pelo transponder dos aviões, demodular os frames e então utilizar um software para decodificar/interpretar os frames e plotar em um mapa a posição atual dos aviões em Porto Alegre / RS.

Realtek RTL2832U


Alguns receptores de TV digital USB utilizam o chipset da Realtek RTL2832U, como este meu acima. Em 2012 foi descoberto que este chipset permitia o envio de dados brutos do receptor para o host, permitindo assim seu uso para SDR. Existem alguns projetos com drivers para se comunicar com o dispositivo e receber estes dados (Linux e Windows), entre os quais o mais utilizado em Linux é o projeto rtl-sdr, que agrega além do driver alguns utilitários de linha de comando como por exemplo o “rtl_adsb” que utilizarei no Raspberry Pi para demodular o sinal ADS-B enviado pelas aeronaves; outro componente importante nos receptores USB é o tuner, que é responsável pelo ajuste da frequencia do rádio, no caso do meu dongle USB ele é o R820T que tem uma ótima sensibilidade mas tem um intervalo menor de cobertura do espectro quando comparado ao E4000 (da Elonics), veja a tabela no site do projeto para saber o intervalo de cobertura de cada tuner e de outros hardwares suportados pelo rtl-sdr.

Compilando o rtl-sdr no Raspberry Pi

Estou utilizando o Raspberry Pi como host do dongle USB porque ele é um aparelho barato e o consumo de energia é muito baixo, ou seja, você pode deixá-lo ligado capturando o sinal ADS-B por quanto tempo quiser sem se preocupar com um gasto maior que 5 watts no pior caso.

Baixando repositório

git clone git://git.osmocom.org/rtl-sdr.git

Dependências: libusb-1.0-0-dev, cmake, compilador (gcc)

Criando arquivos para compilação e compilando:
cd rtl-sdr/
mkdir build
cd build
cmake ../
make
sudo make install
sudo ldconfig
E pronto, já estamos com o rtl-sdr instalado (driver a aplicativos extras).

Recebendo sinal ADS-B

Antes de mais nada, um pequeno teste para verificar se o rtl-sdr está encontrando corretamente o dongle USB:

pi@raspberrypi ~ $ rtl_test -t
Found 1 device(s):
0: ezcap USB 2.0 DVB-T/DAB/FM dongle

Using device 0: ezcap USB 2.0 DVB-T/DAB/FM dongle

Found Rafael Micro R820T tuner

Supported gain values (29): 0.0 0.9 1.4 2.7 3.7 7.7

8.7 12.5 14.4 15.7 16.6 19.7 20.7 22.9 25.4 28.0

29.7 32.8 33.8 36.4 37.2 38.6 40.2 42.1 43.4 43.9

44.5 48.0 49.6

No E4000 tuner found, aborting.

pi@raspberrypi ~ $

Note que o meu dongle é um RTL2832U com o tuner R820T, ao executar o “rtl_test -t” é também exibida uma lista com os ganhos suportados pelo dongle.

Como a frequência utilizada pelo ADS-B é de 1090MHz, uma antena boa seria uma discone ou uma dipolo confeccionada com as dimensões corretas para esta frequência. Como ainda não tenho os plugs adequados tive que utiliar a antena que veio junto com o dongle, que mesmo sendo de baixa qualidade e não relacionada com a frequência do ADS-B ainda consegue receber os sinais (de fato, mesmo desconectando a antena eu consigo receber os frames das aeronaves), mesmo com o dongle em um ambiente fechado (minha casa fica há uns 6-10km do aeroporto de Porto Alegre / RS).

Para receber e demodular os frames eu utilizei o utilitário “rtl_adsb” (ele vem junto com o pacote do rtl-sdr). Ao ser executado, ele ajustará o tuner para a frequência do transponder das aeronaves em 1090MHz e logo após fará a demodulação dos frames para o formato hexadecimal:

pi@raspberrypi ~ $ rtl_adsb
Found 1 device(s):
0: Realtek, RTL2838UHIDIR, SN: 00000013

Using device 0: ezcap USB 2.0 DVB-T/DAB/FM dongle
Found Rafael Micro R820T tuner
Tuner gain set to automatic.
Tuned to 1090000000 Hz.
Sampling at 2000000 Hz.
Exact sample rate is: 2000000.052982 Hz
*825566cf477b3124c64b17e74b15;
*e6c7d7fdb34c855db6972204ea14;
*d1e27bb95df2454ca547c87718a2;
*906bc5a59b5c5053226fb94f3460;
*a6f51dc76353efeeabfbfe6946cb;
*e78ed3aaf547fcd87e8e4f41cea3;
*d26a5ecacdb7051f2ebe18efc613;

Cada frame inicia sempre com um asterisco na frente e cada um destes frames foi enviado diretamente por um transponder de um avião ou é uma requisição terra->ar de alguma base em terra. O que precisamos agora é fazer a decodificação destes frames para poder extrair o tipo do frame, latitude, longitude, callsign, origem e destino do avião, etc. Não existem hoje muitas alternativas open-source para fazer o plot dos aviões em um mapa, o melhor que eu encontrei foi o Virtual Radar Server que é open-source e roda também em Linux, além de ter uma interface web bem amigável e plotar as aeronaves usando o Google Maps.
Para fazer com que o Virtual Radar Server conecte no Raspberry Pi, primeiramente precisamos fazer o streaming via TCP dos frames que o “rtl_adsb” está recebendo no Raspberry Pi, o que dá para resolver utilizando o “netcat” mesmo:

rtl_adsb | netcat -lp 8080

Neste caso ele irá escutar na porta 8080 e enviar os frames ADS-B para o cliente que conectar nele. Logo após é só especificar o IP/porta do Raspberry Pi no Virtual Radar Server e se tudo der certo e você conseguir receber algum frame de algum transponder, você verá uma tela parecida com esta mostrada abaixo com o rastreamento dos aviões em tempo real:

No screenshot você pode ver um avião da GOL (GOL1446) se dirigindo ao aeroporto (logo a frente onde diz São João) a uma velocidade de 250km/h e descendo a uma velocidade de 195 metros por minuto. Geralmente os aviões enviam o broadcast da mensagem com a posição a cada segundo, tudo vai depender da sua antena, receptor e condições de difusão. Com a minha antena pequena e no meio de prédios eu consegui capturar o broadcast de aviõe em até uns 80km de distância, espero melhorar isto com uma outra antena, só preciso achar o material agora =)

– Christian S. Perone

genetic programming, Python

Genetic Programming and a LLVM JIT for restricted Python AST expressions

A small intro on the rationale

So I’m working on a Symbolic Regression Machine written in C/C++ called Shine, which is intended to be a JIT for Genetic Programming libraries (like Pyevolve for instance). The main rationale behind Shine is that we have today a lot of research on speeding Genetic Programming using GPUs (the GPU fever !) or any other special hardware, etc, however we don’t have many papers talking about optimizing GP using the state of art compilers optimizations like we have on clang, gcc, etc.

The “hot spot” or the component that consumes a lot of CPU resources today on Genetic Programming is the evaluation of each individual in order to calculate the fitness of the program tree. This evaluation is often executed on each set of parameters of the “training” set. Suppose you want to make a symbolic regression of a single expression like the Pythagoras Theorem and you have a linear space of parameters from 1.0 to 1000.0 with a step of 0.1 you have 10.000 evaluations for each individual (program tree) of your population !

What Shine does is described on the image below:

It takes the individual of the Genetic Programming engine and then converts it to LLVM Intermediate Representation (LLVM assembly language), after that it runs the transformation passes of the LLVM (here is where the true power of modern compilers enter on the GP context) and then the LLVM JIT converts the optimized LLVM IR into native code for the specified target (X86, PowerPC, etc).

You can see below the Shine architecture:

This architecture brings a lot of flexibility for Genetic Programming, you can for instance write functions that could be used later on your individuals on any language supported by the LLVM, what matters to Shine is the LLVM IR, you can use any language that LLVM supports and then use the IR generated by LLVM, you can mix code from C, C++, Ada, Fortran, D, etc and use your functions as non-terminal nodes of your Genetic Programming trees.

Shine is still on its earlier development, it looks a simple idea but I still have a lot of problems to solve, things like how to JIT the evaluation process itself instead of doing calls from Python using ctypes bindings of the JITed trees.

Doing Genetic Programming on the Python AST itself

During the development of Shine, an idea happened to me, that I could use a restricted Python Abstract Syntax Tree (AST) as the representation of individuals on a Genetic Programming engine, the main advantage of this is the flexibility and the possibility to reuse a lot of things. Of course that a shared library written in C/C++ would be useful for a lot of Genetic Programming engines that doesn’t uses Python, but since my spare time to work on this is becoming more and more rare I started to rethink the approach and use Python and the LLVM bindings for LLVM (LLVMPY) and I just discovered that is pretty easy to JIT a restricted set of the Python AST to native code using LLVM, and this is what this post is going to show.

JIT’ing a restricted Python AST

The most amazing part of LLVM is obviously the amount of transformation passes, the JIT and of course the ability to use the entire framework through a simple API (ok, not so simple sometimes). To simplify this example, I’m going to use an arbitrary restricted AST set of the Python AST that supports only subtraction (-), addition (+), multiplication (*) and division (/).

To understand the Python AST, you can use the Python parser that converts source into AST:

>>> import ast
>>> astp = ast.parse("2*7")
>>> ast.dump(astp)
'Module(body=[Expr(value=BinOp(left=Num(n=2), op=Mult(), right=Num(n=7)))])'

What the parse created was an Abstract Syntax Tree containing the BinOp (Binary Operation) with the left operator as the number 2, the right operator as the number 7 and the operation itself as Multiplication(Mult), very easy to understand. What we are going to do to create the LLVM IR is to create a visitor that is going to visit each node of the tree. To do that, we can subclass the Python NodeVisitor class from the ast module. What the NodeVisitor does is to visit each node of the tree and then call the method ‘visit_OPERATOR’ if it exists, when the NodeVisitor is going to visit the node for the BinOp for example, it will call the method ‘visit_BinOp’ passing as parameter the BinOp node itself.

The structure of the class for for the JIT visitor will look like the code below:

# Import the ast and the llvm Python bindings
import ast
from llvm import *
from llvm.core import *
from llvm.ee import *
import llvm.passes as lp

class AstJit(ast.NodeVisitor):
    def __init__(self):
        pass

What we need to do now is to create an initialization method to keep the last state of the JIT visitor, this is needed because we are going to JIT the content of the Python AST into a function and the last instruction of the function needs to return what was the result of the last instruction visited by the JIT. We also need to receive a LLVM Module object in which our function will be created as well the closure type, for the sake of simplicity I’m not type any object, I’m just assuming that all numbers from the expression are integers, so the closure type will be the LLVM integer type.

def __init__(self, module, parameters):
    self.last_state = None
    self.module = module
    # Parameters that will be created on the IR function
    self.parameters = parameters
    self.closure_type = Type.int()
    # An attribute to hold a link to the created function
    # so we can use it to JIT later
    self.func_obj = None
    self._create_builder()


def _create_builder(self):
    # How many parameters of integer type
    params = [self.closure_type] * len(self.parameters)

    # The prototype of the function, returning a integer
    # and receiving the integer parameters
    ty_func = Type.function(self.closure_type, params)

    # Add the function to the module with the name 'func_ast_jit'
    self.func_obj = self.module.add_function(ty_func, 'func_ast_jit')

    # Create an argument in the function for each parameter specified
    for index, pname in enumerate(self.parameters):
        self.func_obj.args[index].name = pname

    # Create a basic block and the builder
    bb = self.func_obj.append_basic_block("entry")
    self.builder = Builder.new(bb)

Now what we need to implement on our visitor is the ‘visit_OPERATOR’ methods for the BinOp and for the Numand Name operators. We will also implement the method to create the return instruction that will return the last state.

# A 'Name' is a node produced in the AST when you
# access a variable, like '2+x+y', 'x' and 'y' are
# the two names created on the AST for the expression.
def visit_Name(self, node):
    # This variable is what function argument ?
    index = self.parameters.index(node.id)
    self.last_state = self.func_obj.args[index]
    return self.last_state

# Here we create a LLVM IR integer constant using the
# Num node, on the expression '2+3' you'll have two
# Num nodes, the Num(n=2) and the Num(n=3).
def visit_Num(self, node):
    self.last_state = Constant.int(self.closure_type, node.n)
    return self.last_state

# The visitor for the binary operation
def visit_BinOp(self, node):
    # Get the operation, left and right arguments
    lhs = self.visit(node.left)
    rhs = self.visit(node.right)
    op = node.op

    # Convert each operation (Sub, Add, Mult, Div) to their
    # LLVM IR integer instruction equivalent
    if isinstance(op, ast.Sub):
        op = self.builder.sub(lhs, rhs, 'sub_t')
    elif isinstance(op, ast.Add):
        op = self.builder.add(lhs, rhs, 'add_t')
    elif isinstance(op, ast.Mult):
        op = self.builder.mul(lhs, rhs, 'mul_t')
    elif isinstance(op, ast.Div):
        op = self.builder.sdiv(lhs, rhs, 'sdiv_t')

    self.last_state = op
    return self.last_state

# Build the return (ret) statement with the last state
def build_return(self):
    self.builder.ret(self.last_state)

And that is it, our visitor is ready to convert a Python AST to a LLVM IR assembly language, to run it we’ll first create a LLVM module and an expression:

module = Module.new('ast_jit_module')
# Note that I'm using two variables 'a' and 'b'
expr = "(2+3*b+33*(10/2)+1+3/3+a)/2"
node = ast.parse(expr)
print ast.dump(node)

Will output:

Module(body=[Expr(value=BinOp(left=BinOp(left=BinOp(left=BinOp(
left=BinOp(left=BinOp(left=Num(n=2), op=Add(), right=BinOp(
left=Num(n=3), op=Mult(), right=Name(id='b', ctx=Load()))), op=Add(),
right=BinOp(left=Num(n=33), op=Mult(), right=Num(n=2))), op=Add(),
right=Num(n=1)), op=Add(), right=Num(n=3)), op=Add(),
right=Name(id='a', ctx=Load())), op=Div(), right=Num(n=2)))])

 

Now we can finally run our visitor on that generated AST the check the LLVM IR output:

visitor = AstJit(module, ['a', 'b'])
visitor.visit(node)
visitor.build_return()
print module

Will output the LLVM IR:

; ModuleID = 'ast_jit_module'

define i32 @func_ast_jit(i32 %a, i32 %b) {
entry:
  %mul_t = mul i32 3, %b
  %add_t = add i32 2, %mul_t
  %add_t1 = add i32 %add_t, 165
  %add_t2 = add i32 %add_t1, 1
  %add_t3 = add i32 %add_t2, 1
  %add_t4 = add i32 %add_t3, %a
  %sdiv_t = sdiv i32 %add_t4, 2
  ret i32 %sdiv_t
}

Now is when the real fun begins, we want to run LLVM optimization passes to optimize our code with an equivalent GCC -O2 optimization level, to do that we create a PassManagerBuilder and a PassManager, the PassManagerBuilder is the component that adds the passes to the PassManager, you can also manually add arbitrary transformations like dead code elimination, function inlining, etc:

pmb = lp.PassManagerBuilder.new()
# Optimization level
pmb.opt_level = 2

pm = lp.PassManager.new()
pmb.populate(pm)

# Run the passes into the module
pm.run(module)
print module

Will output:

; ModuleID = 'ast_jit_module'

define i32 @func_ast_jit(i32 %a, i32 %b) nounwind readnone {
entry:
  %mul_t = mul i32 %b, 3
  %add_t3 = add i32 %a, 169
  %add_t4 = add i32 %add_t3, %mul_t
  %sdiv_t = sdiv i32 %add_t4, 2
  ret i32 %sdiv_t
}

And here we have the optimized LLVM IR of the Python AST expression. The next step is to JIT that IR into native code and then execute it with some parameters:

ee = ExecutionEngine.new(module)
arg_a = GenericValue.int(Type.int(), 100)
arg_b = GenericValue.int(Type.int(), 42)

retval = ee.run_function(visitor.func_obj, [arg_a, arg_b])
print "Return: %d" % retval.as_int()

Will output:

Return: 197

And that’s it, you have created a AST->LLVM IR converter, optimized the LLVM IR with the transformation passes and then converted it to native code using the LLVM execution engine. I hope you liked =)

Cite this article as: Christian S. Perone, "Genetic Programming and a LLVM JIT for restricted Python AST expressions," in Terra Incognita, 15/08/2012, https://blog.christianperone.com/2012/08/genetic-programming-and-a-llvm-jit-for-restricted-python-ast-expressions/.
Raspberry Pi

Raspberry Pi no Brasil

* This post is in portuguese

Bom, finalmente chegou meu tão esperado Raspberry Pi, consegui efetuar a compra através de uma fila de espera (estou nesta fila desde o primeiro dia de Março de 2012) na Farnell Newark do Brasil que fez a importação de um (ou mais) lotes da Element 14 e agora está distribuindo aqui no Brasil. Como moro em Porto Alegre no Rio Grande do Sul, o preço total (juntamente com frete) do RPi somaram R$ 182,22 reais, um valor bem acima do esperado para o “computador de $30 dólares”, graças ao nosso gentil governo que como todos já devem ter notado, usa uma EXCELENTE estratégia para incentivar a pesquisa científica, obrigando desta forma os brasileiros a construirem seu próprio hardware usando bambu ou Pau-brasil, mas isto é outra história.

O atendimento da Farnell Newark foi ótimo, a vendedora foi muito atenciosa e sempre respondeu meus questionamentos em um curtíssimo intervalo de tempo, logo após efetuar o pagamento, demorou apenas 1 dia para o aparelho chegar (foi despachado através da UPS). Segue abaixo uma foto dele (clique para ampliar):

Primeiros passos: cartão SD

A primeira tarefa que precisei fazer para fazê-lo funcionar foi a preparação de um cartão SD. Como não consegui encontrar em nenhum lugar que fui um cartão SD de 4GB eu utilizei um micro-SD da Kingston de 4GB (class 4). É importante sempre verificar a Wiki do projeto antes de comprar qualquer cartão SD ou dispositivo USB para o seu Raspberry Pi, pois lá você vai encontrar uma lista de periféricos que comprovadamente funcionam e os que ainda estão problemáticos. Eu aconselho a compra de um cartão class 4 pois houve relatos de problemas com alguns cartões class 10, mas se você já tiver um cartão class 10 não custa tentar a sorte, este é um problema que provavelmente já deve ter sido corrigido no Kernel do Raspbian.

Para preparar o cartão você precisa escolher antes uma distro Linux, eu escolhi o Raspbian que é um port do Debian Wheezy para arm otimizado para “hard float“, o que ajuda bastante na performance de aplicações que fazem bastante uso de operações de ponto flutuante. Além de ser Debian e ter toda a infinidade de pacotes disponíveis no repositório (no momento em que estou escrevendo já existem mais de 30 mil pacotes do Debian já compilados para armhf), ele está funcionando muito bem com todos dispositivos que utilizei até agora (mouse usb, teclado usb, card sd, ethernet, hdmi video/audio, etc.).

Fonte de energia (power supply)

Bom, após ter preparado meu cartão SD eu comprei uma power supply USB, esta da foto abaixo:

Carregador USB “importado”

Para ligar seu RPi você vai precisar de uma fonte USB de 5V com no mínimo 500mA de corrente disponível, não adianta tentar ligar seu Raspberry Pi na USB do computador.

Como nem tudo é tão simples, ao ligar meu RPi ele logo acustou no boot problemas com o módulo ethernet como este e meu teclado USB não funcionava. O RPi ficava simplesmente travado e sem conexão ethernet alguma, os LEDs nem acendiam.

Sempre desconfie da sua fonte de energia em primeiro lugar ao enfrentar problemas como este, ainda mais aqui no Brasil com todas essas fontes de energia USB “importadas”.

Meu primeiro reflexo foi verificar a voltagem que este power supply estava fornecendo, usando os contatos TP1 e TP2 da placa (você pode ver estes contatos como uns buracos na placa na imagem do RPi). O TP1 está ligado no Vin da fonte de energia e o TP2 no GND (terra) da fonte. Ao ligar o voltímetro, ele mostrou a voltagem abaixo:

Voltagem do carregador USB “importado”

Uma fonte de energia que supostamente deveria fornecer 5v estava fornecendo 5.44V, bem acima do limite de +5% ou -5% tolerado por muitos dispositivos USB como teclados, etc. o RPi possui um regulador de voltagem (SE8117T33) que faz a regulagem da entrada de 5V para 3.3V, este regulador tem o 1.1V como voltagem de dropout, ou seja, para que ele forneça um sinal estável de 3.3V ele precisa ter no mínimo 3.3V+1.1V = 4.4V de entrada, até aí tudo bem, pois estamos fornecendo 5.44V, o problema é que este regulador funciona para distribuição de apenas alguns componentes internos do RPi e não para os dispositivos USB e alguns outros componentes (o Vin da fonte é ligado direto aos periféricos USB), ao fornecer 5.44V ele está ultrapassando um limite de 5% que seria entre 4.75V e 5.25V. Este intervalo de voltagem é o ideal para o seu Raspberry Pi, é sempre importante checar se a sua fonte de energia está dentro deste intervalo e afastado dos limites superiores e inferiores. Um dos fatores que pode causar uma queda da voltagem da sua fonte é o próprio cabo micro USB, que acaba atuando como uma resistência, por isso é sempre bom ter um cabo de qualidade (e curto) e uma fonte de qualidade.

No fim da história tive que trocar minha fonte por uma da Samsung que eu já tinha (do Galaxy Tab P1000-L 7″), este da foto abaixo:

Carregador de celular Samsung

Ao trocar o power supply “importado” por este da Samsung (imagem acima), a voltagem agora ficou:

Voltagem do carregador USB da Samsung

Em estáveis 4.91V, dentro limite aceitável. Após esta troca, tudo passou a funcionar perfeitamente e sem nenhum problema. Fica então a dica para quem for ligar pela primeira vez seu RPi.

Eu testei também um carregador de iPad da Apple, que ficou também um pouco abaixo do esperado e decidi não usá-lo, segue a foto do carregador e a voltagem dele abaixo:

Carregador USB da Apple
Voltagem do carregador USB da Apple

 Finalmente boot !

Após todo este trabalho com o carregador, as coisas finalmente funcionaram corretamente e o RPi fez o boot sem problemas como no screenshot abaixo (estou usando uma TV LG de 42″):

Boot do RPi em TV LG (HDMI), clique para aumentar

O RPi tem processadores CPU e GPU realmente incríveis, o boot dele é rápido e a saída na TV ficou realmente muito boa em full hd.

uname no Raspbian

Para testar o processador ARM, que fica em um clock padrão de 700Mhz (você pode fazer overclock até 1Ghz, mas ainda não me aventurei sem um dissipador decente, mas você pode subir para 800Mhz com segurança) eu rodei os benchmarks do OpenSSL, seguem os resultados abaixo:

Benchmark do OpenSSL no RPi

Segue também screenshot do /proc/cpuinfo com os BogoMIPS:

/proc/cpuinfo

No Raspberry Pi (ao menos usando Raspbian) você pode escolher como será feito o split da memória RAM dele, o padrão vem com 128MB para CPU e 128MB para a GPU (processador gráfico), como eu não estou usando tanto o GPU por hora eu fiz um split de 224MB para o CPU e apenas 32MB para a GPU, para fazer isto você só precisa copiar o arquivo de boot em cima do que é utilizadao para o boot (start.elf) e faz um reboot, segue screenshot dos arquivos abaixo, note que o SHA1 do split de 224 é iguao ao do start.elf:

RAM Split (224MB CPU + 32MB GPU)

Após remover 4 dos 6 terminais disponíveis para liberar um pouco mais de memória, a minha memória ficou assim (rodando server do OpenSSH e sem ambiente X):

Memória do RPi após split da RAM

Fiquei muito satisfeito com este split, você ainda pode fazer outras coisas para liberar memória do seu RPi, como por exemplo trocar o OpenSSH pelo dropbear, etc. Aqui tem um ótimo artigo sobre isto.

Algo que não posso deixar passar também é o Python:

Python no Raspberry Pi

 

Arduino vs Raspberry Pi

Muitos vêem o Raspberry Pi como um concorrente fatal do Arduino, a percepção que tive porém foi muito diferente. Acredito que o Raspberry Pi vai ser um ótimo companheiro para o Arduino, você inclusive pode utilizar o Arduino na própria USB do Raspberry Pi ou usar alguma outra interface UART ou algo assim. Tenho muitos projetos em mente pra começar usando Arduino e Raspberry Pi, espero poder ter tempo de postar sobre eles aqui no blog. Para quem está ansioso para comparar o tamanho do Raspberry Pi com o Arduino, segue abaixo um comparativo entre o Duemilanove, o RPi e uma moeda de 1 real (não podia faltar hehe):

Arduino e Raspberry Pi lado a lado

Conclusão

Você provavelmente não encontrará no Brasil um hardware tão bem elaborado como o Raspberry Pi por estre preço (mesmo alto) de R$ 182,00. Recomendo o RPi para todo mundo que tem o mínimo de interesse, eu poderia ficar aqui falando muita coisa sobre o RPi, sobre os polyfuses usados no design dele, sobre a Gertboard que está por vir, sobre as distribuições disponíveis, etc. Logo farei mais alguns posts sobre os projetos usando o RPi também. Espero que tenham gostado da avaliação.

Python

Review Board – Review Requests plotting using Python

Review Board is one of these projects that Python community is always proud of, I really think that it became the de facto standard for code reviews nowadays. Review Board comes with an interesting an very useful REST API which you can use to retrieve information about the code reviews, comments, diffs and every single information stored on its database. So, I created a small Python script called rbstats that retrieves information about the Review Requests done by the users and then plots a heat map using matplotlib. I’ll show an example of the use on the Review Board system of the Apache foundation.

To use the tool, just call it with the API URL of the Review Boars system, i.e.:

python rb_stats.py
--max-results 80 https://reviews.apache.org/api

an then you’ll get a graphical plot like this (click to enlarge):

Where the “hottest” points are weighted according to the number of the code reviews that the user have created to the other axis user. You can also plot the statistics by user, for instance of the user benjaminhindman using the autumn colormap and with 400 max results:

python rb_stats.py 
--max-results 400 
--from-user benjaminhindman 
--colormap autumn https://reviews.apache.org/api

 

Click to enlarge the image:

Programming, Python

Accessing HP Cloud OpenStack Nova using Python and Requests

So, my request to enter on the free and private beta season of the new HP Cloud Services was gently accepted by the HP Cloud team, and today I finally got some time to play with the OpenStack API at HP Cloud. I’ll start with the first impressions I had with the service:

The user interface of the management is very user-friendly, the design is much like of the Twitter Bootstrap, see the screenshot below of the “Compute” page from the “Manage” section:

As you can see, they have a set of 4 Ubuntu images and a CentOS, I think that since they are still in the beta period, soon we’ll have more default images to use.

Here is a screenshot of the instance size set:

Since they are using OpenStack, I really think that they should have imported the vocabulary of the OpenStack into the user interface, and instead of calling it “Size”, it would be more sensible to use “Flavour“.

The user interface still doesn’t have many features, something that I would really like to have is a “Stop” or something like that for the instances, only the “Terminate” function is present on the Manage interface, but those are details that they should be still working on since they’re only in beta.

Another important info to cite is that the access to the instances are done through SSH using a generated RSA key that they provide to you.

Let’s dig into the OpenStack API now.

OpenStack API

To access the OpenStack API you’ll need the credentials for the authentication, HP Cloud services provide these keys on the Manage interface for each zone/service you have, see the screenshot below (with keys anonymized of course):

Now, OpenStack authentication could be done in different schemes, the scheme that I know that HP supports is the token authentication. I know that there is a lot of clients already supporting the OpenStack API (some have no documentation, some have weird API design, etc.), but the aim of this post is to show how easy would be to create a simple interface to access the OpenStack API using Python and Requests (HTTP for Humans !).

Let’s start defining our authentication scheme by sub-classing Requests AuthBase:

[enlighter lang=”python” ]
class OpenStackAuth(AuthBase):
def __init__(self, auth_user, auth_key):
self.auth_key = auth_key
self.auth_user = auth_user

def __call__(self, r):
r.headers[‘X-Auth-User’] = self.auth_user
r.headers[‘X-Auth-Key’] = self.auth_key
return r
[/enlighter]

As you can see, we’re defining the X-Auth-User and the X-Auth-Key in the header of the request with the parameters. These parameters are respectively your Account ID and  Access Key we cited earlier. Now, all you have to do is to make the request itself using the authentication scheme, which is pretty easy using Requests:

[enlighter lang=”python”]
ENDPOINT_URL = ‘https://az-1.region-a.geo-1.compute.hpcloudsvc.com/v1.1/’
ACCESS_KEY = ‘Your Access Key’
ACCOUNT_ID = ‘Your Account ID’
response = requests.get(ENDPOINT_URL, auth=OpenStackAuth(ACCOUNT_ID, ACCESS_KEY))
[/enlighter]

And that is it, you’re done with the authentication mechanism using just a few lines of code, and this is how the request is going to be sent to the HP Cloud service server:

 This request is sent to the HP Cloud Endpoint URL (https://az-1.region-a.geo-1.compute.hpcloudsvc.com/v1.1/). Let’s see now how the server answered this authentication request:

You can show this authentication response using Requests by printing the header attribute of the request Response object. You can see that the server answered our request with two important header items: X-Server-Management-URL and the X-Auth-Token. The management URL is now our new endpoint, is the URL we should use to do further requests to the HP Cloud services and the X-Auth-Token is the authentication Token that the server generated based on our credentials, these tokens are usually valid for 24 hours, although I haven’t tested it.

What we need to do now is to sub-class the Requests AuthBase class again but this time defining only the authentication token that we need to use on each new request we’re going to make to the management URL:

[enlighter lang=”python”]
class OpenStackAuthToken(AuthBase):
def __init__(self, request):
self.auth_token = request.headers[‘x-auth-token’]

def __call__(self, r):
r.headers[‘X-Auth-Token’] = self.auth_token
return r
[/enlighter]

Note that the OpenStackAuthToken is receiving now a response request as parameter, copying the X-Auth-Token and setting it on the request.

Let’s consume a service from the OpenStack API v.1.1, I’m going to call the List Servers API function, parse the results using JSON and then show the results on the screen:

[enlighter lang=”python”]
# Get the management URL from the response header
mgmt_url = response.headers[‘x-server-management-url’]

# Create a new request to the management URL using the /servers path
# and the OpenStackAuthToken scheme we created
r_server = requests.get(mgmt_url + ‘/servers’, auth=OpenStackAuthToken(response))

# Parse the response and show it to the screen
json_parse = json.loads(r_server.text)
print json.dumps(json_parse, indent=4)
[/enlighter]

And this is what we get in response to this request:

[enlighter]
{
“servers”: [
{
“id”: 22378,
“uuid”: “e2964d51-fe98-48f3-9428-f3083aa0318e”,
“links”: [
{
“href”: “https://az-1.region-a.geo-1.compute.hpcloudsvc.com/v1.1/20817201684751/servers/22378”,
“rel”: “self”
},
{
“href”: “https://az-1.region-a.geo-1.compute.hpcloudsvc.com/20817201684751/servers/22378”,
“rel”: “bookmark”
}
],
“name”: “Server 22378”
},
{
“id”: 11921,
“uuid”: “312ff473-3d5d-433e-b7ee-e46e4efa0e5e”,
“links”: [
{
“href”: “https://az-1.region-a.geo-1.compute.hpcloudsvc.com/v1.1/20817201684751/servers/11921”,
“rel”: “self”
},
{
“href”: “https://az-1.region-a.geo-1.compute.hpcloudsvc.com/20817201684751/servers/11921”,
“rel”: “bookmark”
}
],
“name”: “Server 11921”
}
]
}
[/enlighter]

And that is it, now you know how to use Requests and Python to consume OpenStack API. If you wish to read more information about the API and how does it works, you can read the documentation here.

– Christian S. Perone

Python

Announce: Stallion v0.2 released !

I just tagged and released the v0.2 version of the Stallion. In the change log (Github project page), you can see that a lot of bugs were fixed and some new features were introduced in this release. I added compatibility with almost all Python 2.x versions, PyPy 1.7+ (and probably older versions too), I also fixed the compatibility with the Internet Explorer browser, now you should be able to use Stallion with Chrome, Firefox and IE.

The most important feature introduced is the global checking for updates (a lot of people requested it):

The new checking is under the menu “PyPI Repository”. Another new feature is the refactoring on the visual appearance of the package classifiers:

Some small visual enhancements were also introduced, like the little gray marker next to the selected package:

I hope you liked, I’m looking forward to implement more features as soon as possible, but a new version shouldn’t be released until next year.

Visit the project page at Github to get instructions on how to update or install Stallion.

– Christian S. Perone

Python

Announce: ‘Stallion’ – Python Package Manager

I’m happy to announce the first release v.0.1 of the Stallion project. Stallion is a visual Python package manager compatible with Python 2.6 and 2.7 (I still haven’t tested it with Python 2.5).

The motivation behind Stallion is to provide an user friendly visualization with some management features (most of them are still under development) for Python packages installed on your local Python distribution. Stallion is intended to be used specially for Python newcomers.

The project is currently hosted at Github, so feel free to fork, contribute, make suggestion, report bugs, etc.

Installation

All you need to do to install Stallion is to use your favorite Python distribution system, examples:


user@machine:~/$ pip install stallion
or
user@machine:~/$ easy_install stallion

By doing this on your prompt (Windows/Linux), the pip/setuptools will download and install external dependencies (Flask, Jinja, docutils, etc.).
After installing Stallion, you need to start the local server by using:

user@machine:~/$ python -m stallion.main

And if it’s all ok, Stallion will start the server on localhost only at the port 5000, so all you need to do now is to browse into the URL http://localhost:5000

You can also download install packages from the PyPI repository.

See some screenshots (click to enlarge)

Click on the screenshots below to enlarge.

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Installed package information

Package metadata

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PyPI version mismatch diagnosis